quinta-feira, 1 de julho de 2010

Diario de Bordo (Danizio)
Saímos de Jequié dia 3 de Junho as 4:30 da manhã, com destino a cidade de Morro do Chapéu para a realização da aula de campo em uma das regiões da Chapada Diamantina. Ao chegarmos fomos para a pousada Ecológica das Bromélias onde ficamos hospedados, guardamos as mochilas e fomos para a nossa primeira visita da aula de campo que foi ao Morrão, a cerca de 8km da cidade de Morro do Chapéu. Tem um formato de chapéu daí o nome da cidade, Morro do Chapéu. O Morrão apresenta uma grande variedade vegetal típica da região com uma vegetação de carater rupestres arbustiva. A formação Morro do chapéu se deu a partir de uma queda relativa do nível do mar que expôs a plataforma onde havia se depositado a formação caboclo.Após a visita ao Morrão, partimos para a "Dolina do Buracão" também conhecida por Buraco do Possidônio, que apresenta uma grande dolina, com um contorno meio cilíndrico e com cerca de 150 metros de diâmetro e com 70 metros de profundidade aproximadamente. a origem é desenvolvida em siltitos,devido à presença de rochas calcárias subjacentes, que sofrerem dissolução. Esta área apresenta transição entre três tipos distintos de vegetação: semi-árido, caatinga e mata atlântica,chamando a atenção no contraste existente entre estas três ocorrências, que possibilitou observar árvores que normalmente só encontradas em região de mata atlântica. Após estas visitas voltamos à pousada onde discutimos discutidos os assuntos que seriam relatados nas apresentações do dia seguinte.
No dia 04/06 (sexta-feira), logo após o café, visitamos a Gruta Cristal I, localizada na Fazenda Cristal Boa vista, 37Km de Morro do Chapéu, esta gruta apresenta consideravel concentração fóssil. Coletamos material para a elaboração do artigo nesta gruta e também observamos os estromatólitos laminares presentes na localidade. Após a coleta partimos para outro local, a Fazenda Arrecife, no município de Várzea Nova,visualizamos um afloramento de estromatólitos, pertencentes à formação geológica salitre,de grande interesse cientifico para a geologia e paleontologia desse tempo geológico. Na Fazenda Arrecife existem dois tipos de estromatólitos carbonáticos pertecentes a dois grupos taxonômicos. No primeiro tipo, os estromatólitos são maiores e formam bioermas (litoermas). No segundo tipo os estromatólitos colunares encontrados são menores e não formam bioermas ou bioestromas. Após essa visita,fomos a Toca dos Ossos que possui uma grande quantidade de fósseis nesta toca realizamos coleta de fósseis que posteriormente será analisado no laboratório da UESB. Voltamos a pousada para a realização das apresentações e organização do material que foi coletado.
No dia 05/06(sábado), visitamos a cachoeira do Ferro Doido. O termo “Ferro Doido” foi dado por garimpeiros de diamantes para indicar a dificuldade de trabalhar na área. Esta cachoeira possui uma beleza única apresentando a coloração de sua água é avermelhada devido a presença de oxido de ferro dissolvido. Sendo que a cachoira pertence a Formação Morro do Chapéu, característica dessa região.
Depois fomos à Gruta dos Brejões distante cerca de 300m da vila Brejão da Gruta,famosa por apresentar descendentes quilombolas. Localizando-se entre os municípios de São Gabriel, João Dourado e Morro do Chapéu. A Gruta dos Brejões apresenta grande importância espeleológica, com varias formações tanto de estalactites quanto de estalagmites, além de colunas. A Gruta também abriga em seus salões grandes tesouros paleontológicos, com exemplares de preguiça gigante, entre outros tipos. Após essa visita, voltamos a pousada onde foi realizada a mostra de fotos com as principais imagens das visitas no campo nos dias anteriores e no sábado. Após a apresentação das fotos comemoramos o aniversario de Luís, nosso colega e em seguida fomos a uma festa. Tínhamos que nos divertir após três dias de trabalho, pois ninguém é de ferro.
No dia 06 de Junho nosso ultimo dia em Morro do Chapéu arrumamos as bagagens no micro-ônibus, após o café,fomos observar as pinturas rupestres na Cidade das Pedras onde foi possível observar desenhos de animais e figuras geométricas em associação com arbustos e pedras revelando a grande diversidade que já havia naquela região. Logo após fomos para a Cidade de Ventura, local que durante muito tempo foi utilizado como local de extração de diamantes, no início do século XX sendo na época uma das maiores cidades da região que com o declínio da quantidade de diamante extraída, foi sendo abandonada aos poucos lá em Ventura fizemos o amigo ecológico.Na hora de vir embora o carro deu um curtipiu rajado na bateria ficamos algum tempo parados esperando o socorro. Finalizamos as nossas visitas e voltamos para Jequié com paradas ao longo do caminho.
Vale a pena ressaltar a presença de seu Gilmar, o nosso guia. Uma figura muito legal.
Ocorreram fatos lá principalmente no sábado depois da festa. Valendo a pena lembrar do colega Hiago que dança de mais, quase um dançarino profissional.

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